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Apresentando novo álbum "TV" (Em 11/06/2025)

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BORA BABY  (ÁLBUM)  11/10/2024

01. Hipocrisia
02. Narcisista
03. Rock N Roll
04. On The Rocks
05. Avenida Vida
06. TV Disfuncional
07. Os Esquecidos
08. Taras
09. Uma Dor
10. Ando Tão Triste
11. Só Nos Resta Viver

Resenha do álbum TV, de BONZER BR11

Lançamento: 11 de junho de 2025

Com o álbum "TV", BONZER BR11 entrega um retrato potente e sem filtros de um mundo saturado por contradições, amores tortos e sentimentos à flor da pele. Misturando crítica social, introspecção emocional e a estética crua do rock, o disco se estrutura como um zapping existencial onde cada faixa é um canal diferente — caótico, intenso e necessário.

Da crítica social à catarse emocional
Logo na faixa de abertura, "Hipocrisia", a letra escancara o sentimento de desilusão com a realidade moderna. A repetição do refrão “Estamos todos conectados” ironiza o vazio da vida digital, enquanto versos como "palcos montados, papéis encenados" expõem uma sociedade performática e alienada. É uma pedrada inicial que já deixa claro o tom direto e sem censura do álbum.

O fio político continua em "TV Disfuncional", uma das faixas mais provocativas e atuais. Com uma batida urgente, a letra critica o papel da mídia na banalização da violência: "Educação à distância do crime atual" é um soco lírico certeiro. Já em "Os Esquecidos",  BONZER BR11 mergulha nas periferias invisibilizadas, mas sem cair no discurso vitimista: há denúncia, mas também reconhecimento da força e criatividade das margens.

Entre o íntimo e o visceral


O disco também é profundamente pessoal. "Uma Dor" e "Ando Tão Triste" são baladas confessionais marcadas por um lirismo melancólico que toca fundo. Ambas retratam o luto amoroso com simplicidade e verdade — "Me atingiu tarde demais / Me atingiu quando estava bem triste" é daqueles versos que pegam na memória.

Por outro lado, a crueza de "Taras" traz um erotismo despudorado, brincando com desejos e fetiches de forma leve, quase bem-humorada, mas ainda assim provocante. A faixa "On The Rocks" releitura da roqueira Rita Lee vai por um caminho diferente do original, misturando paixão, obsessão e a metáfora alcoólica de um relacionamento viciante.

Rock como identidade
A terceira faixa lançada antes do álbum, "Rock N Roll", é uma homenagem declarada ao gênero. Com referências a lendas como Elvis, Cobain e Amy Winehouse, BONZER BR11 reafirma seu lugar dentro dessa linhagem — “Eu me visto todo de preto / Pela glória do rock n roll” soa como juramento e celebração. É também uma faixa que carrega a identidade BONZER BR11: som pesado, atitude e um compromisso com a verdade crua.

Filosofia urbana e resiliência
Dentre os destaques do disco, "Avenida Vida" oferece um raro momento de esperança. Com um refrão quase pop e mantras como "É do jeito que tem que ser", a faixa soa como um respiro entre o caos — um convite a seguir em frente apesar das incertezas. Já "Só Nos Resta Viver", da querida Ângela Ro Ro, último single antes do álbum, fecha o disco com um misto de dor e aceitação, ecoando como um lamento suave e necessário: "A vida é bela... só nos resta viver."

"TV" é um álbum corajoso, que não tem medo de se sujar para dizer o que precisa ser dito. A BONZER BR11 combina poesia, sarcasmo e energia para criar um retrato musical do nosso tempo — onde a tela da TV pode ser espelho, arma ou catarse. É um disco para pensar, sentir e — acima de tudo — viver.

Nota: 9/10
 

Melhor faixa: "TV Disfuncional" / Faixa mais emocional: "Ando Tão Triste" /
Surpresa do álbum: "Taras"

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